Saiba tudo sobre o leite A2 e quais os benefícios que ele proporciona para a saúde

O leite é um dos alimentos mais ricos nutricionalmente, composto por água, proteínas, gorduras, carboidrato vitaminas e minerais, e é consumido por grande parte da população.

No entanto, algumas pessoas sentem grandes desconfortos ao ingerir leite, seja por apresentarem intolerância à lactose, alergia à proteína do leite ou por ter dificuldades na sua digestão. E é aí que surge o leite A2, que é naturalmente mais fácil de digerir e não causa desconfortos abdominais que algumas pessoas sentem com o leite convencional. 

Composição do leite

Como dito anteriormente, o leite é composto por água (cerca de 87%) e sólidos (13%), e dentro dos sólidos estão as proteínas, correspondendo de 3,3 a 3,5% do total de sólidos do leite.

As proteínas podem ser divididas em duas frações, as caseínas e as proteínas do soro, sendo que aproximadamente 80% são caseínas e 20% são proteínas do soro.

-Caseínas: são classificadas em alfa s1, alfa s2, kappa e beta-caseína.

-Proteínas do soro: alfa-lactoalbumina e betalactoglobulina.

A beta-caseína compõe aproximadamente 30% da proteína total, e os tipos mais comuns encontrados no leite de vaca são a beta-caseína A1 e A2.

Garrafas de Leite

Beta-caseínas A1 e A2

Acredita-se que a beta-caseína A1 surgiu devido a uma mutação genética há 10 mil anos, já que o leite de todas as fêmeas mamíferas, como as humanas, cabras, búfalas etc. possuem apenas a beta-caseína A2, sendo esta a caseína “natural” do leite.

Essa mutação fez com que algumas vacas passassem a produzir leite com caseína A1, e esta mudança provocou uma alteração na sua digestão.

Durante o processo digestivo, a caseína A1 é quebrada e libera um peptídeo de sete aminoácidos chamado beta-casomorfina 7 ou BCM-7. Esse peptídeo é o responsável pelo desconforto e geração de efeitos indesejáveis sobre o trato gastrointestinal, como redução das contrações intestinais e aumento da produção de muco.

No leite que contém apenas a caseína do tipo A2 esse peptídeo BCM -7 não é formado e a digestão ocorre de forma “mais fácil” e sem nenhuma alteração, por isso ele é chamado de leite de fácil digestão.

A produção de beta-caseína A2 é maior em raças zebuínas, como a raça Gir, e menor em raças européias como a Holandesa. Para saber qual tipo de caseína as vacas produzem é necessário realizar um teste genômico nos animais, e hoje já existe a certificação de propriedades que produzem exclusivamente leite do tipo A2.

O preço pago ao produtor de leite A2 é cerca de 20 a 40% maior do que o preço pago no leite convencional, sendo, portanto, mais um nicho em que o produtor poderá crescer.

Todo leite do tipo A2 que é comercializado possui identificação no rótulo, para facilitar o reconhecimento pelo consumidor.

Intolerância ou alergia?

Uma confusão conceitual muito comum ocorre com relação a intolerância e a alergia ao leite. A intolerância está relacionada com a lactose presente no leite, e as pessoas intolerantes não possuem ou então produzem baixas quantidades da enzima lactase, responsável por digerir a lactose. Nesse caso, o leite A2 não terá influência sobre estes indivíduos, já que possui lactose da mesma forma que o leite convencional.

Já a alergia está relacionada com a proteína do leite, também conhecida pela siga APLV (Alergia à Proteína do Leite de Vaca).

Pessoas com APLV podem ingerir leite A2? A resposta é: depende. Geralmente a alergia está relacionada com mais de um tipo de proteína, então o mais indicado é fazer os testes indicados pelo alergista para identificar as proteínas responsáveis pela reação alérgica.

 

 

 

 

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Autor:

Eduarda - Autora do conteúdo Controle estratégico de carrapatos

Eduarda Viana

Zootecnista, criadora do perfil @dicasdazootecnista no Instagram.

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